Segundo a OMS (organização mundial de saúde) idosos devem fazer pelo menos 150 minutos de atividade física moderada, ou fazer pelo menos 75 minutos de intensidade vigorosa por semana para diminuir as perdas relacionadas a idade, e o dobro disso para ter ganhos de saúde.
Os padrões que marcam as normas de conduta social vão se aproximando cada vez mais do lema de se ter uma vida saudável, considerando a atividade física como um elemento a mais na forma de viver e nos hábitos diários. Se o corpo é o instrumento que permite que uma pessoa se desloque, se relacione se expresse e intervenha em seu meio social, é justo cuidar bem dele.
Já por volta dos 30 anos de idade os indivíduos começam a perder massa muscular e possuem uma forte tendência a aumentar o percentual de gordura. E perda de massa muscular significa perda de força, o que tende a se agravar com o tempo. O envelhecimento traz consigo inúmeras transformações no corpo do idoso; e a diminuição do desempenho físico talvez seja o mais percebido pelas pessoas. Isso porque na terceira idade o organismo já não é como antes; os corpos não são mais tão flexíveis e os movimentos não são tão ágeis. As articulações perdem mobilidade e flexibilidade, as lesões degenerativas como a osteoporose transformam o osso de um estado consistente para esponjoso; o aparelho bronco-pulmonar sofre alterações, inclusive o pulmão tem seu peso reduzido; no sistema cardiovascular, a capacidade do coração diminui, a pressão se eleva, diminuindo a circulação sanguínea. Certos indivíduos da terceira idade possuem a reserva funcional tão baixa que atividades cotidianas aparentemente fáceis (banhar-se, vestir-se e alimentar-se sozinho) tornam-se bastante difíceis.
A diminuição da força muscular é o fator mais diretamente relacionado com a independência funcional de idosos. E o sedentarismo como fator agregado chega a ser assustador ao se avaliar as consequências para a saúde. Segundo pesquisas, o idoso tem perda de até 5% da capacidade física a cada 10 anos, e tem possibilidade de recuperar 10% dessa capacidade através de atividades físicas adequadas.
A atividade física oferece importantes benefícios à população da terceira idade, tais como, a prevenção e diminuição de problemas cardiovasculares, pulmonares, auxilio no controle da diabetes, artrite, doenças cardíacas, fortalecimento muscular, manutenção da densidade óssea entre outros benefícios; proporcionando melhorias significativas no equilíbrio, na velocidade de andar, no reflexo, na ingestão alimentar, diminuição da depressão, e prevenindo a tão temida osteoporose e suas consequências degenerativas.
Já é comprovado que a hipertrofia muscular e a força aumentada, tem um impacto substancial nas atividades da vida diária e na atividade funcional do idoso, uma vez que os protege contra lesões. Evidenciando uma vez mais, que a prática de exercícios produz efeitos protetores contra a evolução de doenças crônicas degenerativas, aumenta a expectativa de vida, e acima de tudo melhora o estado de saúde do indivíduo, o que faz do exercício uma importante estratégia de Saúde Pública.
Os problemas musculoesqueléticos preexistentes podem ser um impedimento para o começo de uma atividade, pois mais de 50% dos idosos envolvidos em programas de exercícios desenvolvem lesões que são exacerbações de condições preexistentes. Lembrando ainda, que a osteoartrose afeta 85% de todas as pessoas com 70 anos de idade ou mais. Ou seja, é importante saber se (e quais) as atividades limitam essa população. Por isso, é imperativo que a atividade seja orientada por um profissional competente e responsável, que observe e respeite o limite do idoso.
Dentre tantas opções de atividades físicas, o ideal é que o idoso escolha uma onde possa executar exercícios que lhe agradem e motive, gerem bem estar e qualidade de vida. Pois, a prática regular de atividade física de maneira adequada às necessidades e realidade física, psicológica e social do idoso, pode significar a diferença entre uma vida autônoma ou não.
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